sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sinfonia


O rio corre sereno e cintilante cantando uma melodia calma e anestesiante que entra nos meus ouvidos docemente... ao longe e ao mesmo tempo tão perto um rouxinol entoa uma canção especialmente composta para este momento... a humidade da erva arrefece-me o esqueleto estendido na margem de nenhures... uma brisa terna agita os eucaliptos libertando o seu aroma aos céus... levanta carinhosamente o meu cabelo revolto que acaricia a face que ofereci ao vento... mistura mágica de sentidos e aromas ... cerro os olhos... tento assimilar tudo o que me rodeia.... os cheiros, as sensações, a inebriante valsa que a natureza escreveu sem notar que eu estava ali... abro os olhos e vejo o branco das nuvens a rasgar o azul celeste...traços sublimes de algum pintor embriagado... sorrio...

Sem comentários: