quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Noite de mim, noite sem mim...

a noite nos seus traços libidinosos compactua com a inconstância do pulsar dos meus pensamentos. as horas correm num ritmo lento e compassado pelo bater do meu coração. não quero sentir a imensidão do barulho que borbulha nas ruas onde corpos sedentos de companhia invadem o meu espaço com o seu riso. a sua sede representa a minha que prefiro esconder na penumbra do meu quarto. quero imagina-los assim. hoje apetece-me ter-te aqui, só para reter o teu cheiro que é só teu...reconheço-o no meu corpo nos dias em que te sinto perto de mim. queria que a noite entendesse os meus desejos, os meus sentidos, a minha inconstância e me indicasse o rumo que os meus passos devem tomar. costumo perder-me em sonhos e utopias que me invadem de forma abrupta, perdendo mais tempo a sonhar que a construir a realidade que procuro mas não consigo começar a criar... queria que te transformasses em noite, mas não queria deixar de ser o dia...