noite escura só se ouvem os passos descompassados do vizinho gordo, banhado em perfume de uva fermentada do andar de cima.
o vento ecoa pela janela assobiando uma estranha melodia que se entranha nos ossos espicaçando-os..
arrepios navalhados percorrem a minha coluna vertebral quase desfazendo em pó a minha medula.
não consigo dormir...
o silencio entre-cortado pelos sons nocturnos tardiamente enaltecidos pelo meu espírito corroem-me as veias gelando o percurso do sangue.
gostava de fechar os olhos e conseguir conter a respiração até as veias me saltarem bruscamente no pescoço e ver o branco.. soltar o ar quente consoante o compasso do descompasso dos passos do vizinho e perder-me na nuvem do adormecer...
mas não adianta.. já o fiz..
(personagem de ninguém: Madalena)
aquele abraço "gIgAnTe"
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